A antropologia política examina as dimensões simbólicas e culturais do poder. Enquanto a antropologia política clássica tratava da compreensão dos sistemas e estruturas das formas de organização política dos grupos indígenas dentro das sociedades coloniais, o foco hoje é o estudo dos processos e dinâmicas políticas das sociedades pós-coloniais. As estruturas de poder e os sistemas de ordenação são analisados a partir da perspectiva dos atores sociais: a pesquisa se concentra nos processos de negociação política, nas culturas políticas e nos rituais.

Nos estudos latino-americanos, a antropologia política refere-se em particular aos atores políticos locais - por exemplo, formas de governo indígenas, movimentos sociais, atores políticos não-estatais - e suas lutas com as estruturas e instituições do Estado-nação, assim como as relações e os papéis de gênero dentro dos processos políticos. Na área de Antropologia Cultural e Social, questões de antropologia política são examinadas, especialmente em conexão com outros focos de pesquisa - tais como migração e estudos de gênero. As seguintes questões estão em primeiro plano: Quais diferenças específicas de gênero podem ser identificadas nos processos políticos? Como pode ser entendida a ação política em espaços transnacionais?