No Brasil, em um contexto onde forças progressistas da esquerda enfrentam enormes desafios para superar as divisões internas para formar uma unidade na luta, os movimentos feministas têm mostrado seu potencial mobilizador precisamente articulando a diferença como força. Além das lutas "femininas", recentes mobilizações de massa como #EleNão (2018) e Marcha das Margaridas (2019) exigem e defendem a democracia, políticas sociais universais e modelos alternativos de desenvolvimento rural. Na teoria feminista e no ativismo, existe uma lacuna entre as exigências de gênero, baseadas na classe, de um lado, e as exigências sexuais, reprodutivas e uma política do corpo, do outro.

Podcast com Renata Motta, gravado como parte da série Citizenship Lectures Summer 2020: Global Riots.